terça-feira, 10 de abril de 2012

Outro sentido

Fotos: Kahwana Pantoja.

          Ao comando da professora Wlad, iniciamos o seminário que narrava a emocionante trajetória de Manuel Bandeira. Havíamos transitado por vários autores, porém quando mostrei para Brenda a poesia Testamento não tivemos dúvida de aquela era a escolha certa. Senti-me satisfeita com o nosso trabalho; cada frase da poesia inebriava-me e fazia crescer no meu peito amor e respeito pela figura de Bandeira. Logo após vieram Alan e Andreza com propostas diferentes, ele escolheu a música, Vírus, da Islandesa Bjork e ela nos presenteou com um belíssimo texto do paraense Ramon Stergmann, confesso que a Andreza me deixou com uma enorme vontade de conhecer outras obras do autor. Surgiram comentários bastante relevantes sobre o nosso desempenho, em geral acredito que as pessoas se envolveram e gostaram do que fora apresentado.
         Seguimos a aula com um jogo que eu já havia participado em outra ocasião, porém não me recordava. A professora perguntou se alguém estava com problemas familiares e se precisava extravasar, Marcelo rapidamente tomou o centro da sala e se dispôs a participar. Ela indicou que ele escolhesse algumas pessoas da sala para que representassem o núcleo que constituía a família dele. Caminhando atentamente pela sala, Marcelo, fez as escolhas; os jogadores escolhidos foram: Bernard, Caled, Leonardo, Lacerda, Melkzedec, Isadora, Laura, Erika, Gabriela e Raimunda. Desenhos da realidade se formaram através dos posicionamentos escolhidos por Marcelo; seguidos de outras indicações da prof.ª. Wlad os participantes seguiram o coração, deixando que cada batida levasse-os para onde melhor se sentiam. De súbito uma mal estar tomou conta de mim, meu esôfago entalado não conseguia dilatar, meu corpo agora pesava e mesmo ofegante sentia vontade de gritar. Eu quis consertar o que estava acontecendo, mas isso não seria possível, talvez toda essa dor fosse um reflexo de mim. Lembro-me do meu primeiro contato com esse processo, conheci pelo nome de constelação, não senti energia pulsando ou qualquer vontade de me locomover, foi tudo muito artificial. No entanto, senti-me completamente entregue dessa vez, de certa forma permiti que a “história” do outro fizesse parte de mim.

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