Arte & cultura, Marcos Andruchak. |
Os seminários começaram a ser apresentados nessa semana, as
duplas Caled e Melk escolheram o poema One
art da americana Elizabeth Bishop para defenderem. O tema perda é discorrido
de maneira leve pela escritora e leva-nos a compreender que “A arte de perder não
é nenhum mistério” é natural e engradece a nossa existência. Em seguida Rogério
e Marcelo apresentaram o texto internato de
Lya Luft que fala sobre a difícil relação entre pai e filha; nunca me
identificara com o trabalho de Luft, porém naquele momento as palavras da
escritora despertaram em mim sentimentos há muito adormecidos. Eles mostraram também A coluna partida pintura de Frida Kahlo que como o poema de Bishop,
narrava uma parte da sua história de vida.
O momento de usarmos os lençóis finalmente havia chegado,
todos escutaram atentamente as indicações, o jogo proposto pela professora Wlad
consistia em dar ao tecido uma nova utilidade. Um de cada vez adentrava a roda
e usava da imaginação e criatividade para executar algo diante da turma, alguns
arrancaram gargalhadas enquanto outros se mostraram bastante tímidos. O segundo jogo, em duplas, seguia o modelo do
primeiro com o diferencial de dar seguimento ao movimento do parceiro usando o
próprio lençol; Brenda não foi para aula e Marcelo estava sozinho, por isso nos
juntamos para fazer o exercício. Tivemos trinta minutos para improvisarmos; pensávamos
alguns segundos e em outros momentos fazíamos o que viesse a cabeça, mas sempre
em constante movimento. Aos poucos vamos encontrando fórmulas valiosíssimas que
nos guiarão ao longo de nosso processo, em dois anos de caminhada descobri que esquecer
a lógica, respirar, manter o equilíbrio mental e corporal são algumas delas.