Imagem retirada da internet |
Confesso que estava bastante ansiosa para o inicio das aulas,
eu receava me decepcionar logo no primeiro dia, pois imaginava encontrar
cadeiras enfileiradas e longas horas de teoria sobre o teatro. No entanto para
a minha surpresa e satisfação a professora Wlad Lima encarregada da disciplina “trajetória
do ser” mostrou o quanto dinâmica serão nossas aulas. Começamos sem grande
formalidade, sentamo-nos criando um enorme círculo no chão da sala para ouvir
as primeiras instruções. De imediato a
professora pediu que colocássemos a nossa frente tudo o que achávamos
desnecessário para aquele momento, algumas pessoas se prenderam entre colares
como se tesouros fossem e outras ousaram tirar uma peça de roupa. Então pude
compreender o quanto somos apegados a objetos e valores, mas a mudança desse
modelo esculpido em nós será gradativa.
O segundo exercício consistia em escolher alguém da roda e conduzi-la
a qualquer parte daquele espaço para conversar sobre a árvore genealógica de
ambos. Essa troca de informações fez com que Brenda, minha parceira, e eu relembrássemos
as nossas histórias familiares em mínimos detalhes. Continuamos o exercício
individualmente, um de cada vez tomava a frente para contar um pouco da própria
história através da árvore genealógica, também era preciso falar sobre um lugar
onde tivéssemos vivido e fosse muito importante para nós. Tudo deveria ser discorrido
conciso e rapidamente a fim de exercitar e preparar nossas mentes para o que
virá. Na próxima semana teremos que levar a nossa árvore estampada em um lençol
branco, fiquei empolgada com essa proposta, pois será uma excelente
oportunidade para desenvolver o meu lado artista plástica.
Neste dia carreguei até chegar em casa a energia que foi
provocada por mim e por todos os outros, senti o quanto somos parecidos e diferentes
ao mesmo tempo. Somos extensões de vários fragmentos, o espelho do outro, a
sombra de cada objeto, mas é preciso se permitir. O teatro é a forma mais
bonita de se despir e eu não consigo viver longe disso, sinto ter nascido
somente para vivê-lo.
Muito bom seu texto Elise, e acho que descreveu muito bem sobre o que todo nós sentimos no primeiro dia, e amei esse ultimo trecho."O teatro é a forma mais bonita de se despir e eu não consigo viver longe disso, sinto ter nascido somente para vivê-lo."
ResponderExcluirBeijos =)
Obrigada,Kahwana,seja sempre bem vinda!
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